sábado, 9 de abril de 2011

Pietá Do Vaticano







Uma Pietà (italiano para Piedade) é um tema da arte cristã em que é representada a Virgem Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação. Associa-se assim às invocações de Nossa Senhora da Piedade e Nossa Senhora das Dores.

As primeiras pietà surgiram em finais do século XIII na Alemanha, onde é chamada Vesperbild. De sua origem em terras germânicas, o tema expandiu-se para outras regiões da Europa ao longo da Idade Média, expressando-se frequentemente tanto na escultura como na pintura. Aparentemente, as imagens medievais eram destinadas à contemplação mística dos fiéis, permitindo que o devoto se sentisse presente no momento do abraço sofrido entre Maria e Jesus. Nesse sentido, a pietà era uma imagem de devoção como o crucifixo, e por isso era representada isolada de outros personagens da Paixão de Cristo. Com o passar do tempo também surgiram representações de Maria e Jesus morto acompanhados por José de Arimateia, Nicodemos, Maria Madalena e outros personagens, representações estas chamadas Lamentações de Cristo pelos historiadores da arte.

A mais famosa pietà é, seguramente, a Pietà do Vaticano, esculpida em mármore por Michelangelo em 1499. Atualmente esta obra está localizada no interior da Basílica de São Pedro, em Roma.

Vaticano convoca blogueiros do mundo



Sujeitos fundamentais da nova comunicação

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 8 de abril de 2011 - Os Conselhos Pontifícios da Cultura e para as Comunicações Sociais convocaram um encontro de blogueiros em Roma, no dia 2 de maio.
“Este encontro tem como objetivo permitir um diálogo entre os blogueiros e representantes da Igreja, compartilhar experiências dos que trabalham diretamente neste campo e compreender melhor as necessidades desta comunidade”, explica um comunicado de imprensa emitido pelos organizadores.

“O encontro permitirá também apresentar algumas das iniciativas que a Igreja está empreendendo para entrar em contato com o mundo dos novos meios de comunicação, tanto em Roma como em outros lugares”, acrescenta a nota.

Nos dois painéis previsto, diversos relatores apresentarão alguns aspectos decisivos para uma discussão geral aberta a todos os participantes.

No primeiro painel, cinco blogueiros, representantes de diversas áreas linguísticas, abordarão temas específicos.

O segundo painel oferecerá o testemunho de pessoas implicadas na estratégia comunicativa da Igreja. Elas apresentarão suas experiências de trabalho com os novos meios de comunicação, assim como as iniciativas para assegurar um compromisso efetivo da Igreja com o mundo dos blogs.

Entre os participantes estarão o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, o arcebispo Claudio Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, e o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Ao apresentar nesta sexta-feira a iniciativa, o cardeal Ravasi reconheceu que “sabemos que no geral os blogueiros são um pouco provocadores”. Mas ele mesmo questionou: “Como seria possível ignorá-los? São sujeitos fundamentais da nova comunicação”.

Um aspecto importante do encontro será a possibilidade de estabelecer contatos e intercâmbios informais entre os participantes, para abrir no futuro novos cenários de interação.

O encontro acontecerá um dia depois da beatificação de João Paulo II, aproveitando a presença em Roma de numerosos blogueiros.

Os que desejarem participar devem enviar um e-mail para blogmeet@pccs.it, colocando o link do respectivo blog. A sede do encontro será o auditório São Pio X, na Via da Conciliação, n. 5.

domingo, 20 de março de 2011

Jesus encontra com sua mãe a caminho do Calvario!



 "Já era quase a hora sexta e, escurecendo-se o sol,
houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. 
E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. 
Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou." 
(S. Lucas 23:44 a 46).

São José o homem que Deus Chamou de Pai !




O herói da fé
A perplexidade de José não consistia, como pensaram alguns Padres antigos, em duvidar da fidelidade de sua esposa. Tal hipótese contunde a nossa piedade, pois desmerece a perfeição eminente alcançada pelo santo Patriarca e, ademais, Deus não permitiria que a honra virginal de Maria pudesse ser ferida por uma suspeita no espírito de José. O texto do Auctor imperfecti exprime com belíssimas palavras a postura dele diante do fato: "Ó inestimável louvor de Maria! São José acreditava mais na castidade de sua esposa do que naquilo que seus olhos viam, mais na graça do que na natureza. Via claramente que sua esposa era mãe e não podia acreditar que fosse adúltera; acreditou que era mais possível uma mulher conceber sem varão do que Maria poder pecar" (3).
Sua angústia tornava-se tanto mais lancinante quanto mais via resplandecer a virtude no rosto angelical de Maria. Por um lado, a evidência saltava- lhe aos olhos, por outro, considerava fora de cogitação a possibilidade de aquela criatura tão inocente ter cometido um pecado. Ora, se a concepção de Maria era obra sobrenatural o que fazia ele ali? Não estaria ofendendo a Deus, intrometendo- se num mistério para ele incompreensível, o qual se lhe afigurava como absolutamente divino? Não seria ele um intruso, atrapalhando os planos do Altíssimo? José não julgou. Suspendeu o juízo da carne ante os inescrutáveis desígnios de Deus. Subjugou a razão humana à fé inabalável e procurou uma saída para o caso, pois, como resume São Tomás. Desde o princípio descartou a hipótese de denunciá-La, como o exigia o Deuteronômio, segundo o qual a mulher deveria sofrer a pena de lapidação. Estava convicto da inocência de Maria e estremecia diante dessa idéia.
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Jamais houve em São José dúvida
quanto à santidade de Maria
Existia também a opção do repúdio: a Lei de Moisés permitia ao homem despedir sua mulher, dando-lhe o libelo de divórcio. Mas essa possibilidade repugnava-lhe igualmente, porque atentaria contra a reputação da Santa Virgem. Numa pequena aldeia, onde todos os habitantes se conheciam, tal atitude daria margem a suspeitas sobre o comportamento de Maria: por qual motivo o marido A teria afastado de repente? No futuro, a Virgem traria sempre a marca de uma mulher rejeitada.
A solução encontrada por José não se achava nos livros da Lei, mas partiu de seu coração: "Resolveu deixá- La secretamente" (Mt 1, 19). Agindo assim, salvaguardava a fama de sua esposa, pois Ela seria vista como uma pobre jovem abandonada pela crueldade de um homem sem palavra. A culpa recairia toda sobre ele.
Nesse passo de sua vida, José revelou o brilho alcandorado de sua nobre alma, sua sabedoria e sua humildade levadas ao grau heróico.
Com efeito, a ele poderíamos aplicar estas belas palavras de um autor francês: "O herói é um grande coração que se ignora, uma grande alma que se esquece de si mesma. (...) Todas as fraquezas de nossa pobre natureza humana estão concentradas em torno desse egoísmo que faz de cada um de nós o centro do Universo. O herói é aquele que rompeu esse círculo estreito onde todas as naturezas, até mesmo as mais dotadas, vegetam ou se estiolam. Esse "eu" que em alguns é rei, nele, durante toda sua vida, permanece escravo" (4).
Esqueceu-se completamente de si, preferindo desacreditar-se diante da opinião pública, a ver o prestígio de Maria manchado.
Além do mais, renunciava também à sua própria felicidade: tinha de abandonar Nossa Senhora, o maior tesouro da terra. Isso era um sofrimento imenso, pois para ele o convívio com Maria significava um verdadeiro Paraíso.
D'Ela aprendera, nos seus gestos mais simples, lições excelsas de sabedoria e de bondade; ao contemplá-La, sentia-se mais próximo de Deus. E via-se agora obrigado a sacrificar aquilo que mais apreciava em sua vida! Passaria seus dias longe, venerando um mistério que não entendera.
Durante alguns dias, José maturou sua resolução, decidido a pô-la em prática. Numa noite enevoada e sem lua encontrou ocasião propícia, preparou seus pobres pertences e deitou-se para refazer as forças antes da partida. Pouco a pouco, por uma ação angélica, seu coração aflito serenou e ele adormeceu profundamente.
Como outrora com Abraão, o Senhor esperara até o último instante para deter o golpe fatal. No meio da noite apareceu-lhe um anjo, anunciando: "José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que n'Ela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo de seus pecados" (Mt 1, 20-21).
"Os que semeiam entre lágrimas, recolherão com alegria" (Sl 125, 5)
É impossível medir o gozo de José ao despertar do sonho. Logo ao alvorecer, correu a encontrar-se com sua esposa. Mas como se sentia agora mais tomado pela veneração e ternura que culminavam no ardoroso desejo de servi-La! Certamente nada disse a Maria, mas a alegre expressão do seu semblante era mais eloqüente do que as palavras.
De joelhos, adorou a Deus no seio virginal de sua Mãe, primeiro tabernáculo no qual Se dignara habitar sobre a terra. Um Deus que também era seu filho, pois os dizeres do anjo manifestavam com clareza a autoridade a ele outorgada sobre o fruto de sua esposa: "um filho a quem porás o nome de Jesus".
Paternidade nova, única e especial
A paternidade de São José em relação a Cristo tem sido um tema muito discutido pelos autores. Os títulos multiplicam-se: pai legal, pai putativo, pai nutrício, pai adotivo, pai virginal...
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Em São José de tal maneira brilha a chama
da caridade, um tão intenso amor a Deus,
uma vida interior tão admirável,
que ele se tornou objeto das
complacências do próprio
Deus Encarnado

Cada um deles define aspectos parciais e incompletos, sem chegar a exprimir por inteiro a paternidade deste varão excepcional. O Pe. Bonifácio Llamera OP parece ter chegado a uma conclusão satisfatória: "A paternidade de São José em relação a Jesus é certamente distinta de qualquer outra paternidade natural, seja física ou adotiva. É verdadeira paternidade, mas muito singular. É uma paternidade nova, única e especial, pois não procede da geração segundo a natureza, mas está fundada num vínculo moral inteiramente real.
E tão real é esta paternidade singular como é verdadeiro o vínculo matrimonial entre Maria e José. (...) "Esta paternidade de São José, tão admirável como difícil de expressar numa palavra, é confirmada e esclarecida pelos Santos Padres e autores de obras sobre o santo Patriarca, os quais concentraram em três vínculos principais a subtil realidade que une São José a Jesus: o direito, que é conjugal; a virgindade e a autoridade que adornam o mistério de São José" (5).
Na encíclica Quamquam pluries, o Papa Leão XIII afirmou: "É verdade que a dignidade da Mãe de Deus é tão alta que nada a pode ultrapassar. Porém, como existe entre a Virgem e São José um laço conjugal, não há a menor dúvida de que ele se aproximou mais do que ninguém dessa dignidade super eminente que coloca a Mãe de Deus muito acima de todas as criaturas."
Uma criatura dando conselhos ao Criador...
Quantas vezes teve São José nos braços o Divino Infante? O dia inteiro no convívio com o Menino Jesus, observando-O rezar, falar, fazer todos os atos de sua vida comum...
Nessa contemplação constante, para a qual ele tinha uma alma maravilhosamente apta, recebia graças extraordinárias e se deixava modelar. Por vezes, o Menino parava diante dele e dizia: "Peço-vos um conselho: como devo fazer tal coisa?" E São José se comovia, considerando que quem estava lhe pedindo um conselho era o próprio Filho de Deus! A esse homem a Providência concedeu lábios suficientemente puros e humildade bastante grande para fazer essa coisa formidável: responder a Deus.
A criatura plasmada pelas mãos do Criador dava-Lhe conselhos! Ele foi o predestinado para exercer uma verdadeira autoridade sobre Nossa Senhora e o Menino Jesus, o privilegiado que alcançou uma altíssima intimidade com Jesus e Maria, o bem-aventurado a quem foi outorgada a graça de expirar entre os braços de Deus, seu Filho, e da Mãe de Deus, sua Esposa!
"Ao vencedor concederei assentar-se comigo no meu trono" (Ap 3, 21)
"Não separe o homem o que Deus uniu" (Mt 19, 6). Se, ao longo de sua existência terrena, José foi o inseparável companheiro da Virgem Maria, partilhando suas dores e alegrias, é inconcebível que na eternidade essa convivência não tenha atingido sua plenitude.
Ora, para o convívio ser perfeito, é necessário estar juntos e olhar-se.
Por esta razão, uma forte corrente de teólogos defende a tese de que "sem a assunção gloriosa de José em corpo e alma, a Sagrada Família reconstituída no Céu teria tido uma nota discordante na sua exaltação e glória" (6).
A esse respeito, afirma São Francisco de Sales: "Se é verdade o que devemos acreditar, que, em virtude do Santíssimo Sacramento que recebemos, os nossos corpos hão de ressuscitar no dia do Juízo Final, como podemos duvidar de que Nosso Senhor tenha feito subir ao Céu, em corpo e alma, o glorioso São José, o qual teve a honra e a graça de trazê-Lo tantas vezes em seus braços benditos? Não resta dúvida, pois, de que São José está no Céu em corpo e alma".
Morte de São José
Por ter falecido nos braços de Jesus e Maria, São José é o padroeiro da boa morte. Pois se julga, e com razão, que ninguém foi tão bem assistido como ele em seus últimos momentos.
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Por ter falecido nos braços de Jesus e Maria, São José é o
padroeiro da boa morte. Pois se julga, e com razão, que
ninguém foi tão bem assistido como ele em seus
últimos momentos.

Quase se poderia dizer que por isso o termo de sua vida foi tão suave e consolador que dele esteve ausente qualquer sofrimento ou angústia.
No entanto, não podemos esquecer que para José esta foi a suprema perplexidade de sua existência terrena. Pois, ao falecer, separava-se do convívio inefável com sua virginal esposa e com Jesus, o Filho de Deus. José partia para a Eternidade, deixando na terra o seu Céu...
A consideração do exemplo e dos preciosos dons concedidos por Deus ao pai adotivo de Jesus nos leve a confiar na poderosa intercessão daquele a quem o próprio Filho de Deus obedeceu: "E era-Lhes submisso" (Lc 2, 51).
"O exemplo de São José - afirmou o Papa Bento XVI na comemoração de sua festa litúrgica - é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa. Aos sacerdotes, que exercem a paternidade em relação às comunidades eclesiais, São José obtenha que amem a Igreja com afeto e dedicação total, e ampare as pessoas consagradas na sua jubilosa e fiel observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência.
Proteja os trabalhadores de todo o mundo, para que contribuam com as suas várias profissões para o progresso de toda a humanidade, e ajude cada cristão a realizar com confiança e com amor a vontade de Deus, cooperando assim para o cumprimento da obra da salvação" 22.

Frase do dia:

 

“A beneficência, venha de onde vier, é sempre filha da mesma mãe: a providência.” (Padre Pio de Pietrelcina)

terça-feira, 15 de março de 2011




"Jesus é a Ponte entre Aquele que tudo pode
e as criaturas que de tudo precisam.
Seja você também uma ponte
que liga os que tem de sobra,
com aqueles
que sentem falta
de tanta coisa."
(Santa Clara de Assis)

sexta-feira, 11 de março de 2011





A cortesia é irmã da caridade, que apaga o ódio e fomenta o amor.
(São Francisco de Assis)
Como bom religioso, Frei Martinho obedeceu prontamente e com alegria. Apenas pedia a Nosso Senhor Sacramentado a graça de retornar a tempo para assistir à Missa da tarde e recebê-Lo em seu coração.

Irmã Ana Rafaela Maragno, EP

Frei Martinho, sacristão de um convento franciscano, na Itália, cumpria suas funções com a maior perfeição. Esmerava-se em deixar alvíssimas e bem engomadas as toalhas do altar. Nunca se via sequer um resto de cera ou de pó no presbitério, e os cálices e cibórios estavam sempre reluzentes.
"A limpeza é o luxo do pobre", dizia a si mesmo, enquanto trabalhava com redobrado empenho, por tratar-se do culto a Nosso Senhor. Na vida de voluntária pobreza, abraçada por amor a Ele, queria servi-Lo da forma mais excelente, pois, além do senso do dever, brilhava na alma de Frei Martinho uma profunda devoção a Jesus Eucarístico.
Quando o sacristão terminava seus afazeres, dirigia-se invariavelmente aos pés do tabernáculo e lá ficava rezando, em colóquios íntimos com o Senhor. Às quintas-feiras, havia no convento Adoração solene ao Santíssimo Sacramento, e ele sempre conseguia organizar o serviço de forma a passar longo tempo ajoelhado aos pés do ostensório.
Aproximava-se, por aqueles dias, a festa do Padroeiro do convento. Frei Martinho estava encarregado de preparar as alfaias litúrgicas e decorar a igreja para a Missa solene. Sempre ativo e dedicado, conseguira belas flores para ornar o altar, o que não era fácil naquela estação do ano.
Já na noite anterior, deixara tudo pronto para a Celebração. Queria ter nesse dia o mínimo possível de ocupações, pois assim poderia assistir à Santa Missa com maior recolhimento e receber mais fervorosamente Jesus em sua alma.
Mas qual não foi sua surpresa quando o Padre Guardião o escalou para a função de esmoler naquela jornada festiva! Era preciso
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Como bom religioso, Frei Martinho obedeceu
prontamente e com alegria
conseguir sem demora um reforço de provisões, pois a casa estava lotada: além dos frades vindos de outros conventos, havia um grupo de peregrinos carentes. E a despensa estava quase vazia... Corria-se o risco de servir um frugal almoço aos visitantes e despedi-los sem jantar.
Como bom religioso, Frei Martinho obedeceu prontamente e com alegria. Apenas pedia a Nosso Senhor Sacramentado a graça de retornar a tempo para assistir à Missa da tarde e recebê-Lo em seu coração.
Acompanhado por Frei Salomão, bateu de porta em porta durante várias horas. Porém, as almas caridosas pareciam ter desaparecido da região! Somente ganharam alguns velhos pãezinhos, não conseguiram sequer os legumes necessários para uma humilde sopa...
Começava a cair a tarde quando entraram numa pequena capela próxima do lugar onde estavam. Ali pediram com muita confiança à Virgem Maria que os ajudasse não só a obter os mantimentos necessários para a comunidade, mas também a retornar a tempo para assistir à Missa e receber o Corpo de Jesus.
Pouco depois de recomeçarem seu trabalho, encontraram um camponês guiando uma pequena carroça, o qual, depois de cumprimentá- -los com respeito e pedir-lhes a bênção, perguntou:
- Meus bons frades, os senhores parecem preocupados... Precisam de alguma ajuda?
Frei Martinho explicou-lhe a dificuldade pela qual passavam, e logo o camponês deu a solução:
- Vejam como Nossa Senhora é boa por fazer-me passar por esta rua justamente agora! Aqui está um saco com batatas, cenouras, rabanetes e tomates. E neste outro estão dois grandes pernis. Agora entendo por que não consegui vender tudo na feira... É que Nossa Senhora decidiu reservar isto para o convento. Pois bem, podem levar tudo. Dou de muito bom gosto.
Os dois frades agradeceram de coração ao generoso camponês, prometeram-lhe orações por ele e sua família, e tomaram alegres o caminho de volta. Contudo, era longa a distância a percorrer e chegaram ao convento quase no fim da tarde. Entregaram as provisões ao irmão cozinheiro, limparam-se da poeira do caminho e rumaram apressadamente para a igreja, onde ainda ressoavam
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Frei Martinho explicou-lhe a dificuldade pela qual passavam, e logo o camponês deu a solução
as melodias eucarísticas.
Entretanto, a Missa havia terminado... Não tiveram sequer o consolo de receber a Comunhão! Nossa Senhora havia atendido tão generosamente o primeiro de seus pedidos. Por que não quisera fazer o mesmo com o segundo?
Consternados, puseram-se de joelhos aos pés do tabernáculo e fizeram a Jesus um amoroso queixume:
- Senhor, por que nos abandonastes? Quanto queríamos participar desta Missa! Entretanto, por amor à obediência, ficamos privados de Vos receber na Eucaristia!
Aos poucos, a igreja foi se esvaziando, mas os dois religiosos lá ficaram em oração. De repente, viram surgir no presbitério um varão alto, cheio de nobreza e com uma fisionomia reluzente.
- A Rainha do Céu ouviu comprazida vossas súplicas - disse ele - e mandou-me para atendê-las. Ajoelhai-vos junto à mesa da Comunhão e preparai os vossos corações para receber dignamente Seu Divino Filho.
O Anjo de luz abriu o sacrário, tomou o cibório e ministrou-lhes a Sagrada Comunhão. Depois, fez um curto ato de adoração ao Santíssimo Sacramento, recolocou-O no tabernáculo, e desapareceu.
Lágrimas de consolação corriam pelas faces de Frei Martinho e Frei Salomão. Depois de uma longa ação de graças, a mais abençoada de suas vidas, foram narrar ao Padre Guardião o acontecido. Este mandou tocar o sino para reunir os outros frades e dirigiram-se todos à capela do Santíssimo, a fim de agradecer a Deus tão insigne graça. E aí viram - oh maravilha! - que o Anjo havia deixado uma marca de sua passagem: em belíssimas letras douradas, as iniciais de Jesus e de Maria!
(Revista Arautos do Evangelho, Set/2010, n. 105, p. 46-47)

A Cruz (Santa Teresa D'Àvila)


 
Gostosa quietação da minha vida, 
sê bem-vinda, cruz querida.

Ó bandeira que amparaste o fraco e o fizeste forte! Ó vida da nossa morte, quão bem a ressuscitaste! O Leão de Judá domaste, pois por ti perdeu a vida. Sê bem-vinda, cruz querida.

Quem não te ama vive atado, e da liberdade alheio; 
quem te abraça sem receio não toma caminho errado. 
Oh! ditoso o teu reinado, onde o mal não tem cabida! Sê bem-vinda, cruz querida.

Do cativeiro do inferno, ó cruz, foste a liberdade; aos males da humanidade deste o remédio mais terno. Deu-nos, por ti, Deus Eterno alegria sem medida. Sê bem-vinda, cruz querida.

Santa Teresa de Ávila
 


"A mosca que pousa no mel não pode voar; a alma que fica presa ao sabor do prazer, sente-se impedida em sua liberdade e contemplação."(São João da Cruz)

terça-feira, 8 de março de 2011

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
PAPA BENTO XVI
PARA A QUARESMA DE 201
1 
«Sepultados com Ele no baptismo,
foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12)


Amados irmãos e irmãs!
A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).
1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.
O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 1011). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.
Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.
2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.
O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.
O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça deDeus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.
O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.
O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».
Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.
3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).
No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.
Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permitenos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.
Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.
Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.
Vaticano, 4 de Novembro de 2010

BENEDICTUS PP. XVI


segunda-feira, 7 de março de 2011

"A dificulda é a essencia do nosso merito,Pois seria impossivel
             alcançar Algo sem passar pelas dificuldades."

 Em tempos de tristeza e de inquietação, não 

abandones nem as boas obras e nem a

oração...
                                              
                              (Santa Teresa D'Àvila)



Sim, o ideal
É esplêndido,
É a coisa mais preciosa
Que possa existir.
É da cruz que vem a luz,
O amor que nos dá a paz
E traz o paraíso aos corações.
Sim, o ideal
É esplêndido,
Como o Sol
E mais que o Sol
Nos vem iluminar.
É a vida mais real
Que nos liga os corações.
Senho – or!
És o infinito Amor.

Maria Única Flor


Maria, única flor
Que a humanidade gerou.
Só Tu, Tu nos entendes,
De Ti toda graça virá.
Maria, és plena de Deus,
Nunca demais sobre Ti se dirá.
Ave Maria, Ave
És porta aberta ao Paraíso,
Ave.
Maria, Tu és a Mãe:
Em teu silêncio, Deus falou.
Porto seguro e fortaleza
Teu coração é para nós.
Maria em Ti está a vida,
Toda criatura a Ti cantará.

(Movimento Focolares)

domingo, 6 de março de 2011

Campanaha da Fraternidade 2011 fala Sobre o cuidado que devemos ter com o planteta!!



Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta.
Lema "A Criação Geme em Dores de parto" (Rm 8,22).


APRESENTAÇÃO

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão pessoal e comunitária, em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez!
Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária.
Durante esses quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior fraternidade.
Em 2011 estaremos falando sobre meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Não há como não se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fator econômico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje? Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.
Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação podemos transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um planeta saudável, resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.
Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo, este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.
E para reforçar nossas expectativas aos Gestos Concretos que com certeza surgirão em nossas Paróquias, Sociedade através da conversão individual e coletiva nesta quaresma, sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.
Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.



CÂNTICO DAS CRIATURAS 
(SÃO FRANCISCO DE ASSIS)


Altíssimo, onipotente e bom Deus, teus são o louvor,
a glória, a honra e toda benção.
Só a Ti, Altíssimo, são devidos, e homem algum
é digno de Te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas.
Especialmente o irmão Sol, que clareia o dia
e com sua luz nos ilumina.
Ele é belo e radiante, com grande esplendor de Ti,
Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas,
que no céu formastes claras, preciosas e belas.
Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Vento,
pelo ar ou neblina, ou sereno e de todo tempo,
pelo qual às Tuas criaturas dais sustento.
Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Água,
que é muito útil, humilde, preciosa e casta.
Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Fogo,
pelo qual iluminas a noite, e ele é belo e alegre, vigoroso e forte.
Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra,
que nos sustenta e nos governa, e produz frutos diversos,
e coloridas flores e ervas.
Louvado sejas meu Senhor, pelos que perdoam
por Teu amor e suportam enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados os que sustentam a paz, que por Ti,
Altíssimo serão coroados.
Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar conforme a Tua Santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei ao meu Senhor, e daí-lhes graças
e servi-O com grande humildade.
Amém

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Santa Clara de Assis




Santa Clara de Assis, viveu oitocentos anos atrás e sempre foi bastante conhecida nos ambientes franciscanos. Sabia-se que era uma contemporânea e companheira de São Francisco de Assis, fundadora da Segunda Ordem Franciscana, a das Irmãs Clarissas.


Irmã Clara de Assis e as Senhoras Pobres

O estilo de vida de Francisco não poderia ser privilégio dos homens. Muitas mulheres escutavam sua pregação, observavam seu estilo de viver o Evangelho e também queriam essa oportunidade. Uma delas foi Clara.
Nasceu Clara em torno de 1193 em Assis, filha de Ortolana di Fiumi e Faverone Offreduccio. Recebera da mãe uma sólida religiosidade e do pai a força de caráter. Tinha mais três irmãs e um irmão. A caçula era Inês. Francisco a conhecia de vista, pois em Assis todos se conheciam. Admirava nela os longos cabelos dourados e seus olhos decididos. Quando queria uma coisa, era porque queria.

Aos 18 anos, Clara ouviu Francisco pregar os sermões da Quaresma na igreja de São Jorge, em Assis. As palavras dele inflamaram tanto seu coração, que o procurou em segredo, pois também ela desejava viver "segundo a maneira do santo Evangelho".

Francisco lhe falou sobre o desprezo do mundo e o amor de Deus, e fortaleceu-lhe o desejo nascente de abandonar tudo por amor a Cristo. Encerrou a conversa dizendo: "Quero contar-te um segredo, Clara: desposei a Senhora Pobreza e quero ser-lhe fiei para sempre". Clara respondeu que "queria viver a mesma vida, a mesma oração e sobretudo a mesma pobreza".

Acompanhada de Bona di Gueifuccio, amiga íntima, para escutar Francisco passou a freqüentar a capela da Porciúncula. Estava decidida a viver o

Evangelho ao pé da letra. Mas, como sair de casa? Francisco e os irmãos ensinaram-lhe o modo.

O dia 18/19 de março de 1212 era Domingo de Ramos. Rica e belamente vestida, Clara participou da Missa da manhã. Não havia meio de sair desapercebida do castelo de seus pais, mas encontrou a única saída possível pela porta de trás do palacete: a saída dos mortos. Toda casa medieval tinha esta saída, por onde passava o caixão dos defuntos.

À noite, quando todos dormiam, a nobre jovem Clara de Favarone fugiu de casa por esse buraco, percorrendo uma milha fora da cidade, até chegar à Porciúncula, onde foi recebida com muita festa pelos irmãos franciscanos, que tinham ido ao seu encontro com tochas acesas e a acompanharam até à porta da igreja.
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Ali se desfez das vestes elegantes e São Francisco, com uma grande tesoura, lhe corto os cabelos, causando-lhe dó cortar tão maravilhosa cabeleira. Em seguida, deu-lhe o hábito da penitência: uma túnica de aniagem amarrada em volta por uma corda e um par de tamancos de madeira. Clara se consagrou pelos três votos: pobreza, obediência e castidade.

Os familiares, enfurecidos, foram procurá-la. Entrando na capela, viram Clara agarrada ao p do altar Puxaram-na com tanta força que arrancaram o véu, percebendo então a cabeça raspada Concluíram que nada mais poderiam fazer Não conseguiriam mudar-lhe a idéia.

Como Francisco não tinha convento para freiras, irmã Clara ficou alguns dias no mosteiro de São Paulo e algumas semanas no mosteiro beneditino de Panzo.

Por fim, recolheu-se a São Damião, numa casa pobre contígua à capela, onde ficou at sua morte em 1253. Seguiu-a na vocação a irmã Inês, 16 dias depois, e mais tarde sua irmã Beatriz e a mãe Ortolana.

A obra tornou-se conhecida e diversas mulheres e jovens vieram fazer-lhe companhia. Ficaram conhecidas como as Senhoras Pobres, ou Irmãs Clarissas. Em pouco tempo, havia mosteiros em diversas localidades da Itália, França, Alemanha. Inês, filha do rei da Boêmia também fundou um convento em Praga, e ela mesma tomou o hábito.
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As Senhoras Pobres e a pobreza

Clara e sua comunidade praticavam austeridades desconhecidas entre as mulheres da época: não usavam meias, sapatos, ou qualquer outra proteção para os pés. Dormiam no chão: a cama era um monte de baraços de videira e o travesseiro uma acha de lenha. Observavam a abstinência completa de carnes, e falavam apenas quando obrigadas pela necessidade e pela caridade. Clara aconselhava o silêncio como meio de evitar os pecados da língua e de conservar a mente sempre concentrada em Deus. Jejuava tanto que Francisco teve de obrigá-la a não passar um dia sequer sem comer ao menos um pedaço de pão. Clara mesmo percebeu seu exagero e mais tarde escreveu para Inês da Boêmia: "Nossos corpos não são feitos de bronze e nossas forças não são iguais à da pedra; por isso vos imploro, no Senhor, que vos abstenhais desse rigor excessivo da abstinência que praticais".

Como Francisco, Clara não aceitava qualquer propriedade. Quando o Papa Gregório IX lhe ofereceu uma renda, Clara protestou veementemente, dizendo: "Eu preciso ser absolvida dos meus pecados, mas não desejo ser absolvida da obrigação de seguir a Jesus Cristo". Em 1228, o Papa lhe concedeu o "Privilégio da Pobreza". Tinha sido um pedido insistente de Clara. Na Cúria romana, onde se pediam privilégios de títulos, propriedades, honrarias, causou até espanto alguém pedindo o "privilégio de ser pobre". Clara e Francisco conheciam a alma do mundo e sabiam que qualquer exceção à regra da pobreza desencadearia sua negação. Francisco o exemplificou com o caso do livro que um frade queria ter: primeiro se quer um livro, depois mais livros, depois uma estante, vem uma biblioteca, segue-se uma casa para guardá-la e, adeus pobreza evangélica.

Mais tarde, em 1247, o papa Inocência IV queria impor às Senhoras Pobres uma Regra que de certo modo permitisse a propriedade comum. Preocupada, Clara mesma redigiu uma Regra, lembrada de tudo o que vira e aprendera com Francisco. E pede, por amor de Deus, que concedam ao Convento de São Damião o "Privilégio da Pobreza". Esta Regra foi aprovada dois dias antes de sua morte, valendo o privilégio para São Damião. Para os outros conventos, permitiu-se uma espécie de propriedade comum.
Francisco e Clara, amizade de Santos

obra de Clara estava sempre no coração de Francisco. Muitas vezes ele enviou doentes e enfermos que ela conseguia curar à força de delicados cuidados. Apesar de sua humildade, Francisco era obrigado a reconhecer a grande admiração que Clara e as outras irmãs tinham por ele. Era uma admiração espiritual, mas também humana. Para evitar qualquer tipo de dependência e para deixá-las totalmente livres dele, passou a visitá-las cada vez mais raramente. As irmãs sofriam sua ausência e alguns frades acharam que isso era falta de caridade, mas Francisco disse que a finalidade da ausência era "no futuro não haver nenhum intermediário entre Cristo e as irmãs".

Após longa ausência e depois de muitos pedidos das irmãs, num dia Francisco aceitou ir pregar em São Damião. Entrou na igreja e ficou um momento de pé, rezando de olhos levantados para o céu. Depois pediu um pouco de cinza. Com ela desenhou um círculo à sua volta e o resto passou na cabeça. E então rompeu o silêncio, não para pregar, mas para rezar o Salmo da Penitência (Si 50). Depois foi embora, feliz por ter ensinado à Clara e às irmãs que nada mais podiam ver nele do que um pecador que fazia penitência.

Em março de 1225, já muito doente, Francisco visitou Clara em São Damião e manifestou o desejo de ali permanecer, mas a doença exigia tratamentos em outros lugares. Foi ali, sofrendo terrivelmente com a doença e o barulho dos ratos que lhe impediam o sono, que explodiu num hino de alegria ao Criador, o "Cântico do Irmão Sol". Foi no jardinzinho de Clara, e pela última vez, que os dois conversaram. No ano seguinte morreu o pai Francisco e Clara viveu mais 27 anos na paz e na saudade de Francisco.

Clara de Assis, mãe e adoradora

A si própria Clara gostava de se denominar "uma plantinha do bem-aventurado pai Francisco".
Ela nunca deixou os muros do convento de São Damião. Designada abadessa (superiora) por Francisco, em 1215, Clara dirigiu o convento durante 40 anos. Sempre quis ser serva das servas, submissa a todas e beijando os pés das irmãs leigas quando regressavam do trabalho de esmolar, servindo à mesa, assistindo aos que estivessem doentes. Enquanto as irmãs descansavam, ela ficava em oração e as cobria, caso as cobertas lhes caíssem. Saía da oração com o semblante tão iluminado que chegava a ofuscar a vista das que a olhavam. Falava com tanto fervor que chegava a inflamar os que mal ouviam sua voz.

A exemplo de Francisco, nutria fervorosa devoção ao Santíssimo Sacramento. Mesmo quando
estava doente e acamada (esteve sempre doente nos últimos 27 anos de vida), ficava confeccionando belos corporais e toalhas para o serviço do altar, que depois distribuía pelas igrejas de Assis.

A força e a eficácia poderosa de sua oração pode ser sentida em 1244, quando o imperador Frederico II atacou o vale de Espoleto, tendo a seu serviço um exército de sarracenos. Lançaram-se ao saque de Assis, e como São Damião ficava fora dos muros, resolveram começar por ali. Embora muito doente, Clara fez colocar o Santíssimo num ostensório, bem à vista do inimigo. E Clara orou com grande fervor, pedindo a Cristo que salvasse suas irmãs do saque e do estupro. Em seguida, orou pela cidade de Assis. No mesmo instante, o terror se apoderou dos assaltantes, que fugiram em debandada.
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A morte de uma Santa

Clara suportou os longos anos de enfermidade com sublime paciência. Em 1253, teve
início uma longa e interminável agonia. O papa Inocêncio IV deu-lhe duas vezes a absolvição com o perdão dos pecados, e comentou: "Queira Deus que eu necessitasse de perdão tão pouco assim". Doente e pobre, as mais altas autoridades da Igreja sentiam sua sabedoria e santidade e vinham aconselhar-se com ela em São Damião.

Durante os últimos 17 dias não conseguiu tomar nenhum alimento. A fé e a devoção do povo aumentavam cada vez mais. Diariamente cardeais e prelados chegavam para visitá-la, pois todos tinham certeza de que era uma santa que estava para morrer

Irmã Inês, sua irmã, estava presente, bem como os três companheiros de Francisco, os freis Leão, Ângelo e Junípero. Vendo que a vida de Clara estava chegando ao fim, emocionados, leram a Paixão de Jesus segundo João, como tinham feito 27 anos antes, na morte de Francisco.

Clara consolou e abençoou suas filhas espirituais. E, para si, disse: "Caminha s pois tens um bom guia. ó Senhor, eu vos agradeço e bendigo pela graça que vos conceder-me de poder viver'. E foi recebida na corte celeste. Era Senhora Pobre h tinha 60 de vida.

Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV canonizou-a em Anagni. Era o ano de 1255.
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Sempre que tiveres em desespero não sabendo a quem recorrer,vá até Ele no Santissimo Sacramento,ele nos traz muito paz muita paz."


Vem e Eu mostrarei (Waldeci Farias)



Vem, e eu mostrarei que o meu caminho te leva ao pai
Guiarei os passos teus e junto a ti hei de seguir
Sim, eu irei e saberei como chegar ao fim
De onde vim, aonde vou, por onde irás, irei também

Lá, lá, lá...

Vem, eu te direi o que ainda estás a procurar
A verdade é como o sol e invadirá teu coração
Sim, eu irei e aprenderei minha razão de ser
Eu creio em ti que crês em mim e a tua luz verei a luza

Vem, e eu te farei da minha vida participar
Viverás em mim aqui, viver em mim é o bem maior
Sim, eu irei e viverei a vida inteira assim
Eternidade é na verdade, o amor vivendo sempre em nós

Vem, que a terra espera quem possa e queira realizar
Com amor, a construção de um mundo novo muito melhor!
Sim, eu irei e levaria teu nome aos meus irmãos
Iremos nós e o teu amor vai construir enfim a 



paz!